Central City

Desde os tempos da fundação da Liga da Justiça, o Flash e o Lanterna Verde desenvolveram uma grande amizade. O Bravo e o Audaz. Foi como ficaram conhecidos. Então quando o Flash parou de responder o chamado da Liga da Justiça, o Lanterna Verde rumou para Central City em busca de respostas. Lá ele encontrou Iris West-Allen - a esposa de seu amigo Barry Allen, o Flash - em estado de total aflição. Iris alegou que não via Barry há dias. Para aumentar o grau de estranheza, o Museu do Flash foi invadido no mesmo período em que Barry foi visto pela última vez. Hal conhecia o museu. O local foi construído para honrar os feitos que o Flash realizou por Central City.


A próxima parada do Lanterna Verde era óbvia. Ele tinha de verificar o que ocorreu no Museu do Flash. O curador do museu, Dexter Myles, recebeu o Lanterna Verde. O curador deu por falta de apenas um item após a invasão, a Esteira Cósmica. Antes que o Lanterna Verde prosseguisse com sua investigação, ele notou a aparição de alguém familiar. Ninguém menos do que John Starr, vulgo Comandante do Tempo. O Lanterna Verde considerou que nunca mais teria notícias do Comandante do Tempo, visto que o criminoso perdeu seus instrumentos de viagem no tempo. A expectativa, porém, não correspondeu a realidade.


No passado, Batman e Lanterna Verde destruíram a ampulheta que permitia o Comandante do Tempo viajar no tempo. Aparentemente, ele não portava uma nova ampulheta ou um aparato que substituísse o item perdido. Tão pouco manifestou intenção hostil. Falando friamente, o Comandante do Tempo pediu pela cooperação do Lanterna Verde.

- Eu imaginei que o encontraria aqui, Jordan. Embora eu ainda guarde ressentimento pelo que você e o Batman fizeram com minha ampulheta, as circunstâncias são especiais. Eu creio que desta vez nós temos um inimigo em comum. Talvez... só talvez... eu saiba o que aconteceu com seu amigo...

Com um sorriso no rosto, o Comandante do Tempo aguardou a reação do Lanterna Verde. Obviamente, o Comandante do Tempo não era confiável. Ele até mesmo já usou seu poder de manipular o tempo para tomar o lugar de Bruce Wayne. Mas se ele sabia algo sobre o desaparecimento do Flash, o Lanterna Verde teria de lidar com ele.

A postura imperativa do Lanterna Verde intimidou o Comandante do Tempo. Afinal, o Lanterna Verde era basicamente um policial do espaço e sabia como falar com aquela laia. O criminoso do tempo abandonou o tom de superioridade, típico de quem tem informação privilegiada, e falou abertamente sobre o assunto que o trouxe até o Museu do Flash.

- Eu agradeceria se você parasse de apontar essa "coisa" na minha direção. Já suportei hostilidade suficiente para uma vida em nosso último confronto. O nome da pessoa que você procura é Zeitgeist. Pelo menos, é como ele vem se apresentando. Eu tive um encontro desagradável com Zeitgeist dias atrás. Ele apareceu repentinamente em minha oficina e destruiu a nova ampulheta que eu vinha construindo. Os dois últimos anos de trabalho foram em vão. Zeitgeist me pareceu um sujeito de poucas palavras, mas ele não partiu sem deixar um aviso. Ele me advertiu para não tentar viajar no tempo novamente. Aparentemente, ele não quer que ninguém mais faça isso. Quando notei o padrão, eu procurei meu velho amigo Cronos, mas não obtive resposta até então. Então eu pensei em visitar o Museu do Flash para saber se os "mocinhos" também estavam recebendo as visitas desagradáveis do Zeitgeist. Pelo menos, o tal Zeitgeist é imparcial. Eu cheguei a pensar que ele era um novo candidato a super-herói...

O anel do Lanterna Verde mediu as reações fisiológicas do Comandante do Tempo durante seu relato e concluiu que ele disse a verdade. Agora o vigilante esmeralda tinha um nome. Zeitgeist. Mas o que fazer com essa informação?